domingo, 12 de fevereiro de 2017

Ele próprio A criou no Espírito Santo

Ele próprio A criou no Espírito Santo
Verdadeira criação no Espírito Santo
Referindo-se à miraculosa origem de Nossa Senhora, em virtude de sua Imaculada Conceição, observa Fr. Bernard, O. P, que esta foi “uma verdadeira criação no Espírito Santo, da qual resultaram a mais santa infância e a mais santa adolescência, como nunca se viu semelhantes, e como jamais se há de ver”
É o que, em outros termos, afirma São João Eudes: “Assim como Jesus foi predestinado para ser Filho de Deus por obra do Espírito Santo, assim Maria foi animada e possuída do mesmo Espírito, desde o primeiro instante de sua vida, o qual A encheu de suas graças e A santificou sempre mais e mais, durante o curso de sua infância, para dispô-La a conceber e dar à luz o Verbo Eterno e a ser Mãe de Deus”
O santo franciscano Fr. Maximiliano Kolbe (1894-1941), bela e ousadamente assinala essa íntima união da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade com Nossa Senhora: “Poder-se-ia quase dizer que a Imaculada é a Encarnação do Espírito Santo” 76
O mesmo autor, em outro passo acrescenta:
“Na alma da Imaculada, o Dispensador de todas as graças — o Espírito Santo — inabitou desde o primeiro instante da existência d’Ela, assumindo-A e penetrando-A de tal maneira, que o nome de Esposa do Espírito Santo significa apenas um remoto, tênue e imperfeito — embora verdadeiro — esboço desta união” E
 E A representou maravilhosamente em todas as suas obras.
Excelso compêndio da criação
Comentando a passagem dos Provérbios (VIII, 22-31) usada pela liturgia na celebração da Natividade de Nossa Senhora, escreve São João Eudes:
“[Maria] estava presente com o Criador do universo, quando Ele firmava os céus, regulava o movimentos dos astros, e cercava os abismos; quando formava o ar e os ventos, e dava consistência às nuvens no alto; quando fixava ao mar seus limites, para que as águas não ultrapassassem seu termo; quando assentava os fundamentos da terra.
“Como se entende isto? De que maneira esta sagrada Virgem estava com Deus na criação do mundo, e de que maneira fez tudo com Ele?
“Estava com Deus, porque Ele A levava sempre em seu espírito e em seu coração, e considerava cuidadosamente todas as perfeições naturais e sobrenaturais diversamente repartidas entre todas as criaturas, para um dia recolhê-las e reuni-las todas juntas n’Aquela a quem havia destinado para ser a Soberana do universo. Por esta razão Santo Epifânio A chama: «Mistério do Céu e da Terra», porque Deus pôs nesta maravilhosa Virgem como num resumo e compêndio, tudo o que há de formoso, bom e excelente na Terra e no Céu” 78
No mesmo sentido, transcreve o Pe. Jourdain este comentário de um piedoso autor: “Deus se comprouve na criação dos Anjos, dos Arcanjos, dos Querubins e dos Serafins; comprouve-se na criação do céu material, dos astros, do sol, da Terra e das criaturas que ela encerra. Criando todos esses seres, Deus prenunciava sua obra-prima por excelência, a criação de Maria, que seria Ela mesma o prelúdio da criação da humanidade do Salvador. Tudo se reportava a Jesus e a Maria, tudo a Eles representava, tudo preparava sua vinda sobre a Terra para o resgate dos homens e a glorificação de Deus” .
Simbolizada pelos píncaros da criação
Sirva-nos de conclusão este interessante pensamento do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira:
“Nossa Senhora está representada em todas as obras do Criador.
“Contudo, simbolizam-Na de modo insigne as que o fazem à maneira de píncaro. O que, bela e harmoniosamente, exprime aquele cântico: «Maria fons, Maria mons» — «Maria que é fonte, Maria que é monte».
“A montanha é um píncaro em relação às outras coisas da natureza. Píncaro é também a fonte em relação à terra, pois esta se alimenta da água que sai daquela.
“E assim todas as criaturas que são, de alguma maneira, píncaros em relação às outras, de modo especial simbolizam a Santíssima Virgem, porque em tudo quanto é d’Ela está presente a nota de píncaro”.
V Protegei, Senhora, etc.

Repetem-se as mesmas orações do final de Matinas

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